Fotografar é...

Fotografar é... Uma declaração de amor! Um amigo perguntou se “tirar foto” era tão simples como alguns cursos “propagandaiam” ou “gandaializam” – expressões criadas por mim para tentar explicar o cair na gandaia com a propaganda sobre como fotografar. Respondi: “Meu amigo eu não sou nada modesto em responder porque eu não “tiro foto”... eu fotografo”. Não vi o vídeo, mas li alguns dos primeiros passos que tornam isso possível em quatro lições. Um era o seguinte: "O que fazer dez segundos antes de realmente tirar a foto para garantir a perfeição". O que fazer para garantir a perfeição? No Fotojornalismo, em situações das mais variadas, se eu pensar sobre isso dez segundos antes só posso responder e garantir uma coisa... Perdi a foto! Fotografar também é reflexo.

Não canso de falar que fotografar é a magia que nos permite demonstrar ideias através de imagens. Ao escrever com a luz contribuímos para a reestruturação do universo da nossa compreensão do mundo e da compreensão do universo de possibilidades do outro. Fotografar é coisa séria, fotografar é um ato de amor.

Fotografar tem como sinônimo o verbo amar, os dois são transitivos e pedem complemento direto ou indireto, não importa qual. Fotografar é como estar com a pessoa amada, sentir seu corpo, sentir seu calor e transmitir calor, perceber os pontos sensíveis, provocar prazer e sentir prazer porque provocou prazer. Não há dúvidas quanto a isso, só há certezas.

Quando afirmo que não “tiro foto” é porque não tiro mesmo. Eu não “tiro beijo” da pessoa amada e sim beijo. No ato de beijar você também é beijado, há reciprocidade. Se você não provoca prazer e não sente prazer no ato de beijar, amar, fotografar... se assim não for não há por que fazê-lo. O beijo é falso, o amor não é amor é só sexo, é só ficar e o fotografar é... “tirar foto”. Odeio “tirar foto” mas amo fotografar! Fotografar é isso e muito mais!